O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu a quebra de sigilo bancário da Jovem Pan devido ao seu papel como “grande disseminadora das chamadas fake news”.
Segundo a Agência Senado, há 400 pedidos para apreciação, a maior parte deles referente à convocação de testemunhas.
No caso da Pan, a justificativa apresentada pelo relator da comissão se baseou nos depoimentos colhidos que apontaram a rádio como divulgadora de mentiras sobre a pandemia na internet.
De acordo com o texto do requerimento, se aprovada a requisição, a rádio deve apresentar dados de todas as contas de depósitos, de poupança, de investimento e outros bens, assim como direitos e valores mantidos em instituições financeiras, além de uma análise comparativa entre os períodos anterior e posterior à pandemia até hoje.
A Jovem Pan é classificada como ‘militante digital’, “por sua intensa atuação na escalada da radicalização das redes sociais por meio de fake news” e atua no chamado “gabinete do ódio”.
Em 1993, houve a CPI da Jovem Pan, que investigou irregularidades na formação de uma televisão.
Foi requerida uma intervenção federal após denúncias de desvio de verbas, permuta irregular de espaço comercial para beneficio particular da direção da emissora, superfaturamento de US$ 5 milhões na construção da sede própria em São Paulo e apropriação indébita de contribuições sociais descontadas dos salários de funcionários.
Descobriu-se que um dos sócios, Hamilton Lucas, estava no esquema de PC Farias, operador de Collor que terminou assassinado num motel em Maceió. A investigação chegou num cheque que Hamilton recebeu de PC no valor de 260 mil dólares.
O relatório concluiu que houve prática de sonegação fiscal e enriquecimento ilícito por parte de Hamilton e o dono Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, além do reconhecimento de diversas dividas com o FGTS e o INSS.
Como a história se repete como farsa, o grupo se prepara para lançar a TV Jovem Pan no mesmo canal que pertenceu à Abril até 2013.