“Judas da democracia”: Joaquim Barbosa ressurge das cinzas para combater Bolsonaro e progressistas se divertem

Atualizado em 7 de abril de 2021 às 10:04
Joaquim Barbosa no STF. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Joaquim Barbosa foi o primeiro negro a ocupar um assento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), indicado por Lula em 2003.

Aposentou-se em 2014. Causou polêmica como relator do processo do Mensalão, no qual perseguiu e condenou 24 réus, entre os quais José Dirceu e José Genoíno, o primeiro então deputado e chefe da Casa Civil, e o segundo também parlamentar e presidente do PT.

Joaquim Barbosa protagonizou em seu período no STF, que presidiu entre 2012 e 2014, o que se pode classificar de a gênese da Lava Jato.

Perseguiu petistas, caiu nas graças da velha imprensa, foi celebrado em letras garrafais como “O menino Pobre que mudou o país” e, após,  devidamente descartado, deu espaço a Sergio Moro e os procuradores de Curitiba, que concluíram o serviço, resultando na prisão ilegal de Lula e no golpe contra Dilma.

O ‘menino pobre que mudou o país’ de fato mudou, mas para fora do Brasil – tem apartamento em Miami, comprado com recursos de uma empresa offshore em paraíso fiscal. Aposentado, é filiado ao PSB.

E não é que o paladino resolveu dar as caras após longo inverno?

Numa entrevista ao UOL, se ofereceu nas entrelinhas para ser candidato em 2022 com o objetivo de combater e derrotar Bolsonaro.

Sequer a opção de apoiar Lula foi descarta, já que, a despeito de ter jogado as lideranças progressistas do país aos leões, sem dó, ele se vende como um político de esquerda (poder rir, tá).

Todo mundo acreditou nas palavras que ele disse na entrevista, já que é consenso que JB não é lá muito certo da cabeça e que a fidelidade está longe de ser seu forte.

Nas redes, o público de direita sonha com uma chapa com Moro, enquanto os progressistas, como era de esperar, caíram de pau.

Sabem que JB não merece um figo podre por ter se vendido aos interesses da elite para iniciar um serviço sujo que abalou a democracia, resultou na chegada de Bolsonaro ao poder e colocou o país à beira do abismo.

“Perdoem, mas não me esqueço dos Judas da democracia”, comentou um internauta mais atento. “Que tempos tristes que permitem que figuras como ele, Cristóvam e FHC posem de arautos da legalidade”.

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