O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o ex-advogado de Deltan Dallagnol, o juiz José Rodrigo Sade, para ocupar a vaga no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, onde serão avaliadas duas ações que podem levar à cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
A nomeação está programada para ser publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (8). Apesar de ter sido escolhido pelo petista, Sade segue uma página que defende a saída do chefe do Executivo do poder, intitulada “Fora, Lula”.
Nas redes sociais, o novo membro do TRE-PR mantém um perfil discreto, com uma conta privada no Instagram, contendo oito publicações e pouco mais de mil seguidores.
Seu grupo de seguidos, aproximadamente 3.750, inclui políticos de diversas ideologias, inclusive as contas oficiais de Lula e Moro. No entanto, seu ex-cliente Dallagnol não está entre os perfis acompanhados por Sade.
Além disso, o advogado segue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e membros de sua família, como a ex-primeira-dama Michelle, o senador Flavio, o vereador Carlos, o deputado federal Eduardo e sua esposa Heloisa.
Outras figuras próximas a Bolsonaro, como os ex-ministros e agora senadores Damares Alves (Republicanos) e Marcos Pontes (PL), também estão entre os perfis seguidos.
Sade também segue membros do governo atual, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT). Além disso, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, também está entre os perfis seguidos.
Vale destacar que Sade contava com o apoio do grupo Prerrogativas, composto por juristas próximos a Lula, o que o tornava favorito desde que a lista tríplice, que incluía Roberto Aurichio Júnior e Graciane Aparecida do Valle Lemos, foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana anterior.
O TRE-PR estava aguardando a indicação de Lula para marcar a data do julgamento das ações contra Moro. Estes processos, movidos pelo PT, partido de Lula, e pelo PL, de Bolsonaro, questionam os gastos durante a pré-campanha de Moro, período em que o ex-juiz desistiu de concorrer à presidência e optou por disputar o Senado.
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