A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) criticou, hoje (23), a decisão do governo federal em dar aumento para “um único órgão às vésperas do ano eleitoral” e pediu posicionamento do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para que o Judiciário também seja considerado, assim como os policiais.
Renata Gil, presidente da entidade, em nota pública, se manifestou inconformada com a destinação do orçamento e sinaliza que poderá mover recurso na justiça para reivindicar critérios para a liberação do reajuste.
“Medidas estão sendo analisadas, mesmo nessa fase inicial da destinação de orçamento, para garantir que os princípios constitucionais caros e consagrados não sejam vilipendiados. Diversas entidades de servidores públicos se apoiam na AMB para que seja respeitada a nossa Constituição”, disse.
Leia mais:
1- Regina Duarte desabafa após ser ignorada em especial de 70 anos de novelas: “Maior que a Globo”
2- Médica antivacina incentivou o envio de e-mails para a Anvisa
3- Indulto de Natal: Pela terceira vez, Bolsonaro concede perdão da pena a policiais
Judiciário também quer ser considerado e expõe insatisfação com atual reajuste apenas para policiais
O texto também ressalta que a atuação do Judiciário, durante a pandemia, resultou na destinação direta de milhões de reais para o combate ao coronavírus.
“Esperamos uma efetiva atuação do chefe e dos órgãos de referência do Poder Judiciário, a quem cabe zelar pelo correto cumprimento das leis e do texto constitucional”, disse Renata Gil se referindo ao STF.
O posicionamento do Judiciário amplia a crise provocada pela determinação do governo em conceder reajuste a policiais e expõe insatisfação de servidores públicos ligados também ao Poder Judiciário.