O julgamento contra o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) foi interrompido com um placar de três votos contra a cassação de seu mandato e um a favor. Até agora, quatro dos sete desembargadores da corte se manifestaram no caso.
Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo, foi o primeiro a votar e se manifestou contra a cassação do senador. O julgamento foi interrompido na semana passada após pedido de vista de José Rodrigo Sade, que foi contra a cassação e a inelegibilidade do ex-juiz na última quinta (4).
Nesta segunda (8), a desembargadora Claudia Cristina Cristofani foi a terceira a se manifestar e também foi contra a cassação do ex-juiz. Ela seguiu o entendimento do relator e afirmou que os supostos gastos milionários de Moro não foram comprovados nos autos do processo.
Guilherme Frederico Hernandes Denz também votou hoje e foi contra o fim do mandato do parlamentar. Ele alegou que os gastos do juiz na pré-campanha de 2022 não ultrapassaram o “limite do razoável”.
O julgamento foi interrompido após pedido de vista do desembargador Julio Jacob Júnior, que deve votar no retorno do julgamento, nesta terça (9), junto de Anderson Fogaça e Sigurd Bengtsson, presidente do tribunal. Falta apenas um voto contra a cassação do senador para que ele mantenha o mandato.
Moro é acusado de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação pelo PT e pelo PL, que argumentam que o ex-juiz utilizou sua verba de pré-campanha à Presidência pelo Podemos durante sua pré-campanha ao Senado Federal pelo União Brasil.