Justiça anula acordo de R$ 277 bilhões entre Elon Musk e Tesla; entenda

Atualizado em 31 de janeiro de 2024 às 15:00
O bilionário Elon Musk. Foto: Getty Images

A Justiça de Delaware, nos Estados Unidos, anulou um acordo para o pagamento do “maior pacote de remuneração da História” firmado entre a empresa Tesla e seu dono, Elon Musk, em 2018. Na ocasião, foi fechado que o empresário receberia US$ 55,8 bilhões (equivalente a R$ 277 bilhões na cotação atual), mas um acionista da empresa de carros elétricos criticou o alto valor.

Para a juíza Kathaleen McCormick, responsável pela decisão que anulou o acordo, o pagamento não é justo com os demais acionistas e a quantidade paga a Musk é uma “soma incomensurável”. A defesa do bilionário argumentou que a remuneração seria necessária para “colonizar Marte”.

A magistrada apontou que a defesa do empresário não conseguiu explicar por que o “plano de remuneração historicamente sem precedentes” seria necessário para a finalidade.

Os diretores da Tesla justificaram que o valor do pagamento serviria para garantir que ele continuasse se dedicando à Tesla, já que o bilionário tem outros empreendimentos, como a SpaceX, a Neuralink e o X (ex-Twitter).

A juíza, no entanto, apontou que os diretores foram influenciados pela retórica do dono da companhia e que ele tem “profundos laços” com os responsáveis pela aprovação do pagamento.

Loja da Tesla. Foto: Getty Images

Cabe recurso à Suprema Corte de Delaware e Musk reclamou da decisão da juíza por meio do X. Ele recomendou que seus seguidores não criem empresas na cidade onde o acordo com a Tesla foi anulado.

“Nunca constitua sua empresa no estado de Delaware. Recomendo a constituição em Nevada ou no Texas, se você preferir que os acionistas decidam tomem as decisões”, afirmou. Ele ainda abriu uma enquete na rede social e questionou se deveria mudar a sede da Tesla para o Texas, onde fica a matriz da companhia.

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