Justiça bloqueia todos os imóveis de Gusttavo Lima, incluindo mansão de Goiânia

Atualizado em 24 de setembro de 2024 às 0:01
O Gusttavo Lima de óculos escuros e expressão séria, olhando para cima em close
O cantor Gusttavo Lima – Reprodução/Instagram

A Justiça de Pernambuco ordenou o bloqueio de todos os imóveis registrados no nome do cantor Gusttavo Lima. A decisão foi proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, no mesmo processo que determinou a prisão preventiva do sertanejo, suspeito de auxiliar duas pessoas investigadas a deixarem o país. A defesa do artista nega as acusações.

Com essa decisão, os imóveis do famoso ficam indisponíveis para venda ou qualquer transferência de titularidade. Em caso de condenação, esses bens poderão ser usados para quitar possíveis multas impostas pela Justiça. Um dos imóveis afetados é uma mansão luxuosa em Goiânia, avaliada em cerca de R$ 50 milhões, com piscina, academia, quadras, heliponto e um estúdio musical.

Além desse bloqueio, a Justiça já havia bloqueado R$ 20 milhões em bens de empresas ligadas a Gusttavo Lima. O bloqueio atual abrange propriedades em nome dele, tanto em CPF quanto CNPJ. A juíza decretou o sequestro cautelar dos imóveis, com base no Código de Processo Penal, que prevê essa medida quando há suspeitas de que o bem foi adquirido com dinheiro de origem criminosa.

Gusttavo Lima em pé, sem camisa, na frente de mansão de Goiânia
Gusttavo Lima posando na frente de mansão em Goiânia – Reprodução/Redes Sociais

A medida tem como objetivo garantir a reparação de possíveis danos causados por crimes investigados. A restituição dos bens será analisada apenas ao fim do processo criminal. Além do bloqueio dos imóveis, a decisão inclui a suspensão do passaporte do cantor e do seu registro de arma de fogo.

O sertanejo está sendo investigado por supostamente auxiliar José André da Rocha Neto, proprietário da casa de apostas VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha, a saírem do país e evitarem a prisão. Ambos têm mandados de prisão em aberto desde a operação policial “Integration”, deflagrada em 4 de setembro, que também envolveu a advogada e influenciadora Deolane Bezerra.

A defesa de Gusttavo Lima afirma que a prisão é injusta e que o cantor não está envolvido com as ações investigadas. “O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela polícia pernambucana”, diz nota oficial enviada à Folha de S.Paulo.