Justiça do DF libera 14 PMs presos por espancar e torturar colega

Atualizado em 2 de maio de 2024 às 15:34
O soldado da PM Danilo Martins foi espancado e torturado por oito horas. Foto: Arquivo Pessoal

A Justiça do Distrito Federal decidiu liberar os 14 policiais militares presos por espancar e torturar o soldado Danilo Martins (34) durante curso de formação do Batalhão de Choque (BPChoque). Eles estavam detidos desde a última segunda (29), no 19º Batalhão, e devem ser soltos ainda nesta quinta (2). A informação é do Correio Braziliense.

A decisão judicial liberou os PMs foi assinada pelo desembargador Sandoval Oliveira, que argumenta que “não se extrai fundamentos concretos justificando a imprescindibilidade da medida extrema [a prisão], porquanto carente de razões precisas a justificar o risco de a liberdade dos pacientes representar à apuração dos fatos”.

O magistrado, no entanto, impôs medidas cautelares aos 14 policiais, como a proibição de acesso à unidade militar, a proibição de contato entre os investigados e com a vítima. A decisão foi expedida um dia depois da associação Caserna, que se diz representante de agentes de segurança, protocolar um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) pedindo a soltura de 12 agentes.

Agente da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Foto: Reprodução

Apesar da soltura, eles continuarão sendo investigados pelo Departamento de Controle e Correição da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF).

Os policiais foram denunciados após espancar e torturar Martins durante oito horas no dia 22 de abril. A vítima participava de um curso de formação do BPChoque e acabou sendo internado por seis dias, sendo quatro deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Depois das agressões, o soldado foi diagnosticado com insuficiência renal, rabdomiólise grave (rompimento de uma fibra muscular que gera uma intoxicação no rim), ruptura no menisco, hérnia de disco, lesão na lombar e uma no cérebro, que tem afetado sua visão.

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