A Justiça do Paraná negou neste sábado o pedido de habeas corpus (HC) da prisão preventiva do policial penal Jorge Guaranho, preso pelo assassinato a tiros de Marcelo Arruda, membro do PT de Foz Iguaçu. O bolsonarista foi levado nesta madrugada no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, após ter prisão domiciliar revogada na última sexta-feira (12).
O desembargador Xisto Pereira refutou todas as argumentações dos advogados de Guaranho. A defesa chegou a apontar que a prisão seria ilegal e que o assassino não apresentavas riscos à ordem pública.
“O crime em tese praticado causou enorme e concreta repercussão social, até mesmo internacional, fazendo-se necessário o acautelamento da ordem pública […] A intolerância, motivada por exagerada paixão, não pode ser aceita e deve ser coibida pelo Poder Judiciário, tendo em vista as eleições que se avizinham e o conturbado panorama do atual processo eleitoral, sob pena de consequente sensação de impunidade, que poderá gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”, destacou o magistrado.
Já a defesa a defesa afirmou que deve levar a decisão para outras instâncias e órgãos pertinentes e pediu também que houvesse conversão para prisão domiciliar humanitária, o que não atendido.
No entanto, para o magistrado, mesmo o réu necessitando de cuidados, ele recebeu alta hospitalar, com isso “a assistência de que necessita pode ser prestada por profissionais que atuam no sistema prisional”.
“Isso demonstra que Administração Pública tem plenas condições de prestar a assistência de que necessita o paciente (…) Ele estará, portanto, em razão do local para onde será, ou já foi, encaminhado, melhor assistido do que em prisão domiciliar”, destacou Pereira.
O bolsonarista é acusado de homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda durante a festa de aniversário da vítima na noite de 9 de julho. Na ocasião, o assassino invadiu a festa duas vezes e na segunda, matou o petista a tiros.