“Justiça para suas muitas vítimas”: Biden comemora morte de líder do Hezbollah

Atualizado em 28 de setembro de 2024 às 15:24
O presidente Joe Biden, aliado de Israel, festejou a morte do líder do Hezbollah. Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se pronunciou após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, e apoiou às ações do governo de Benjamin Netanyahu. Em um comunicado divulgado neste sábado (28), Biden destacou que Nasrallah e o grupo que liderava foram responsáveis pela morte de centenas de americanos ao longo de quatro décadas de terror.

Biden afirmou que a morte de Nasrallah em um ataque aéreo israelense representa “uma medida de justiça para suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e civis libaneses”. O ataque que resultou na morte de Nasrallah ocorre em um contexto mais amplo de conflitos que se intensificaram após o massacre do Hamas em 7 de outubro de 2023.

O presidente mencionou que, no dia seguinte ao massacre, Nasrallah decidiu se unir ao Hamas e abrir o que ele chamou de “frente norte” contra Israel. Essa decisão, segundo Biden, aprofundou ainda mais as tensões na região.

Biden reforçou ainda o apoio a Israel no conflito. “Os Estados Unidos apoiam plenamente o direito de Israel de se defender contra o Hezbollah, o Hamas, os Houthis e quaisquer outros grupos terroristas apoiados pelo Irã”, afirma a Casa Branca.

Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah morto em ataque israelense. Foto: Reuters

Morte de Hassan Nasrallah

O Hezbollah confirmou neste sábado, 28, a morte de seu líder Hassan Nasrallah, de 64 anos, em um bombardeio realizado pelas Forças Armadas de Israel (FDI) no sul de Beirute, na sexta-feira, 27.

Em um comunicado, o grupo pró-Irã anunciou que “Sayed Hassan Nasrallah se uniu com seus companheiros mártires”, ressaltando seu papel de liderança ao longo de quase 30 anos.

A confirmação da morte ocorreu mais de 19 horas após a FDI ter atacado o quartel-general do Hezbollah em Dahieh, uma área residencial da capital libanesa. O ataque se seguiu a um discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU, e foi amplamente documentado em vídeos que mostraram os danos e a grande coluna de fumaça resultante dos bombardeios. As Forças Armadas de Israel afirmaram que o Hezbollah posiciona suas bases em áreas densamente habitadas, utilizando civis como “escudos humanos”.

Após o ataque, o porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, declarou que a eliminação de Nasrallah torna o mundo “um lugar mais seguro”. Em contrapartida, o Hamas chamou o ataque de um “ato terrorista covarde”. Nasrallah liderava o Hezbollah desde 1994.