Flávio Dino anunciou que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) farão uma parceria para desvendar o assassinato de Marielle Franco, que ocorreu em 2018. O ministro da Justiça se reuniu com o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, na última quarta (15) e decidiu que a corporação vai atuar junto do MP na força-tarefa.
“Não abandonamos a tese da federalização. Estamos a suspendendo nesse momento para esse trabalho de cooperação”, afirmou Dino.
O assassinato está há cinco anos sem resposta e se tornou uma das prioridades do governo federal na gestão de Lula. Para que a investigação passasse por federalização, seria necessário reverter decisão de 2020 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconheceu a competência de autoridades estaduais na apuração.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada, era contrária à federalização das investigações, mas passou a defendê-la na nova gestão.
No Rio de Janeiro, a renúncia coletiva de todos os membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) complicou as investigações. Os procuradores que investigavam o caso Marielle abriram mãos de seus cargos após Cláudio Castro, governador do estado, reconduzir Luciano Mattos ao cargo de Procurador-Geral do Estado, contrariando a lista tríplice.
Antes da renúncia coletiva, o Gaeco era contrário à federalização do caso.