Leandro Karnal é o Véio da Havan da “filosofia” brasileira.
Em sua coluna no Estadão de hoje, faz uma revelação incrível: Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro e, portanto, não era de Capricórnio.
Por essas e outras Olavo de Carvalho chegou aonde chegou.
Escreve o careca:
Jesus não nasceu em 25 de dezembro. A data foi decidida muito tempo depois e tinha um pouco de aleatório e uma vontade de incorporar uma festa pagã (Sol Invicto) ao calendário cristão. Jesus não era do signo de Capricórnio.
Quando Constantino legalizou (313) o novo culto cristão, temos dúvidas se ele instituía um monoteísmo claro ou se aceitava partilhar a divindade com o carpinteiro galileu. As inscrições do arco triunfal do filho de Santa Helena, em Roma, possuem certa ambiguidade, como se o imperador divinizado declarasse a proteção de outro ser não humano para amparar seu trono.
Porém, quando Jesus nasceu de fato? Sabemos que fazia frio na data, porém o nascimento de Messias era uma festa irrelevante em todo o período inicial do cristianismo. Celebrava-se a Páscoa com fervor, não o Natal.
As pinturas das catacumbas dos anos iniciais do novo culto mostram o bom pastor, Jesus parecido com o deus Apolo, cruzes, ou o cordeiro; jamais a manjedoura ou o menino recém-nascido. Aliás, comemorar aniversário foi considerado ato quase sacrílego no início do cristianismo, atitude de bárbaros e pagãos.
Jesus não é de Capricórnio, sabemos. Era imaginativo e humanista. (…)
Seria um humano que aprendeu muita coisa na Índia durante seus anos “obscuros”, dos 12 aos 30? Seria um homem santo do mundo indiano influenciado por pressupostos budistas? Até extraterrestre já foi identidade atribuída a Jesus. Eu apenas tenho uma certeza, clara, cristalina, científica e confortante: Jesus não era de Capricórnio. Se você não gostou da crônica, eu já sei, há uma chance enorme de você ser de Capricórnio, gente de um realismo irritante e com pouco senso de humor… Boa semana e bom fim de ano para todos os leitores e leitoras, de todos os signos zodiacais.