Sem sucesso nas tentativas de convencer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), e o governador do Rio Grande do Sul (PSDB), Eduardo Leite, a encabeçarem uma candidatura presidencial pelo PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab já vai levar o terceiro “não”.
O ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (sem partido), apontado como “plano C” do partido à Presidência, sinalizou que vai declinar do convite, deixando o PSD sem alternativas no momento. “Deixei o Hartung muito confortável após meu convite. Mantemos o projeto da candidatura própria, mas agora vamos ter que conversar internamente para definir um nome”, declarou ele.
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Kassab sem opções
Ontem, em mais uma negativa a Kassab, o ex-ministro Henrique Meirelles, atual secretário estadual de Fazenda em São Paulo, desistiu de concorrer ao Senado por Goiás pelo PSD. Uma alternativa para a vaga é o presidente da assembleia legislativa goiana, Lissauer Vieira, que deixou o PSB e se filiou também ontem à sigla, com aval do cacique.
Aliado do governador Ronaldo Caiado (União), Vieira e outros nomes do PSD no estado já mostraram abertura a um palanque com Bolsonaro. No Paraná e no Distrito Federal, o comando local da sigla também acena com alinhamento ao presidente.
No último domingo (27), Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e outra das opções de Kassab, decidiu ficar no PSDB. A negativa de Leite impõe o desafio a Kassab de buscar uma nova alternativa para a disputa ao Planalto. No ano passado, o plano A do presidente do PSD era a candidatura de Rodrigo Pacheco, que deixou o DEM, mas acabou recuando diante da possibilidade de ser uma terceira via. Kassab insiste que o partido que comanda, o PSD, terá candidatura própria.
Diante desses “vácuos” dos possíveis candidatos, lideranças regionais do PSD esperam que o dirigente libere de vez apoios ao ex-presidente Lula (PT) ou ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nos estados, cenário que ele sempre tentou evitar no primeiro turno.