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Não interessa se foi Gilmar Mendes quem disse.
O que importa é que há um ministro capaz de enfrentar a Lava-Jato e dizer que a operação transformou Curitiba numa masmorra controlada por torturadores.
“Usava-se prisão provisória como forma de tortura. E quem defende tortura não pode ter assento na corte constitucional. O Brasil viveu uma era de trevas no processo penal”.
Mendes parece ter sido cuidadoso com as palavras ao falar em “quem defende tortura”. Mas como quem defende? Não se trata de defender, mas de ordenar, com prisões preventivas, o calvário que levava às delações.
A Lava-Jato hoje foi empurrada para o valo comum das casas mantidas pela ditadura nos piores períodos da ditadura. Ah, dirão, mas em Curitiba não tinha tortura física.
Prisões intermináveis, de réus sem condenação, são torturas físicas. O resto é conversa de jurista de direita. Eles que se entendam com Gilmar Mendes.