Lava Jato: juíza Gabriela Hardt e três desembargadores são afastados do TRF-4

Atualizado em 15 de abril de 2024 às 15:01
Gabriela Hardt, ex-titular da 13ª vara de Curitiba — Foto: reprodução

O corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, tomou a decisão de afastar do Judiciário a ex-titular da 13ª vara de Curitiba, Gabriela Hardt, e três desembargadores que atuam no Tribunal Regional Federal da quarta região, o TRF-4.

A medida ocorreu devido a infrações que incluem burlar à ordem processual, violar o código da magistratura, prevaricar e até mesmo desrespeitar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Gabriela Hardt foi responsável pela homologação do acordo que possibilitou a criação da fundação privada, financiada com recursos da Lava Jato e com membros da força-tarefa entre seus gestores. O ministro Gilmar Mendes chegou a ironizar o empreendimento como “fundação criança esperança”.

A decisão do corregedor, já enviada aos membros do Conselho Nacional de Justiça, menciona que a juíza admitiu discutir previamente decisões com membros da extinta força-tarefa e cometeu violações ao dever funcional, ao princípio de separação dos poderes e ao código de ética da magistratura.

Em 2019, o TRF-4 anulou uma sentença de Gabriela Hardt, acusada de plágio pelos desembargadores. Ela fez “copia e cola” de um documento do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR).

Gabriela Hardt - Tudo Sobre - Estadão
Gabriela Hardt — Foto: reprodução

Segundo a corregedoria do CNJ, Hardt avalizou a criação da fundação da Lava Jato baseada em informações incompletas e informais, fornecidas até fora dos autos pelos procuradores de Curitiba. A operação, agora sob investigação, foi comparada a um esquema de “cash back”.

Salomão reconhece os feitos da Lava Jato, destacando seus achados relevantes para o país, mas ressalta que em determinado momento “descambou para a ilegalidade”.

Além disso, os desembargadores Thompson Flores, Danilo Pereira Júnior (atual titular da 13ª vara) e Louraci Flores de Lima foram enquadrados pelo corregedor por desobediência a decisões do STF.

Vale destacar que o pedido para análise da desobediência às decisões da corte foi feito à Corregedoria pelo ministro Dias Toffoli, que também foi autor de ordens supostamente desacatadas pelos desembargadores.

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