“Lecionava como propósito de vida”: quem era a professora assassinada em escola de SP

Atualizado em 27 de março de 2023 às 14:17
Professora Elisabete Tenreiro
Foto: Reprodução

Professora da Escola Estadual Thomazia Montoro, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu nesta segunda-feira (27) após ser esfaqueada por um aluno dentro da sala de aula. Outras três educadoras e um aluno ficaram feridos durante o ataque.

Elisabete chegou a receber os primeiros socorros, mas teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP. Ela era professora de Ciências e atuava na escola desde o início deste ano.

As filhas dela disseram que Elisabete tinha a educação como missão e era querida pelos alunos das escolas por onde passou.

“Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achava que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhava com isso. Ela era muito querida por onde ela passou”, afirmou uma das filhas ao G1.

A educadora também trabalhou no Adolfo Lutz como técnica e a partir de 2015 começou a dar aulas. Em 2020, se aposentou do Adolfon Lutz.

Na manhã de hoje, um adolescente esfaqueou quatro professores e dois alunos na Escola Estadual Thomazia Montoro na Vila Sônia, Zona Sul de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime teria ocorrido por volta das 7h20.

Elisabete teria apartado uma briga entre o estudante apreendido e outro colega na semana passada. Além da professora que morreu, outras três docentes e dois alunos se feriram e foram encaminhados a hospitais, sem risco de morte.

Duas professoras foram identificadas como Rita de Cássia Reis e Ana Célia Rosa. A terceira foi identificada somente como “Jane”. Uma das crianças sofreu um corte no braço e a outra foi socorrida em estado de choque, mas sem ferimentos.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cumpre agenda na Europa, lamentou o ocorrido por meio das redes sociais. “Não tenho palavras para expressar a minha tristeza”, escreveu ele.

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também lamentou o ataque. “Uma tragédia que nos deixa sem palavras”, disse.

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