Um manifesto assinado por associações empresariais teve a sua publicação adiada por decisão de Paulo Skaf, presidente da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Leia o manifesto na íntegra ao final da página.
O texto, articulado pela Fiesp e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), tinha mais de 200 entidades signatárias, entre elas: Abinee (indústria elétrica e eletrônica), Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Fecomércio, Alshop (lojistas de Shopping), Fenabrave (distribuição de veículos), Instituto Brasileiro da Árvore (Ibá, da indústria de celulose e papel), Sociedade Rural Brasileira e IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo).
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A decisão de adiar a divulgação do manifesto foi tomada por Paulo Skaf de forma unilateral, sem consultar as demais associações.
“Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira”, diz um trecho do texto.
Leia abaixo na íntegra.
“A praça dos três poderes encarna a representação arquitetônica da independência e harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, essência da República. Esse espaço foi construído formando um triângulo equilátero, cujos vértices são os edifícios-sede de cada um dos poderes.
Esta disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia tem de ser a regra entre eles.
Este princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição nos impõe.
As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas.
O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população.
Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira.”