Na manhã desta quarta-feira (24), a Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de busca e apreensão com o objetivo de identificar indivíduos responsáveis pelo planejamento, financiamento e incitação dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro do ano passado.
Os mandados visaram dois empresários de Barueri, em São Paulo, e constituem uma extensão da 23ª fase da Operação Lesa Pátria. Tratam-se de mandados “atrasados”, pois a 23ª fase foi deflagrada em 8 de janeiro deste ano e a operação já está na 24ª fase, que cumpriu decisões judiciais no último dia 18, tendo como um dos alvos o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ).
De acordo com a PF, os mandados judiciais estão endo cumpridos só agora “por conveniência investigativa”.
Um dos alvos é o empresário Mario Ari Luft, dono de uma firma do setor logístico, que atua no transporte de cargas para o agronegócio e armazenagem, segundo informações do Globo. Ele teria financiado ônibus para levar bolsonaristas a Brasília e participado ativamente da orientação de movimentos golpistas junto a outras lideranças.
A PF destacou que os eventos em apuração configuram, em tese, crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime, conforme comunicado oficial.
As investigações permanecem em andamento, e a Operação Lesa Pátria é uma iniciativa contínua, com atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos e pessoas detidas.
Em balanço divulgado no início do ano, a PF informou que haviam sido cumpridos 97 mandados de prisão preventiva e 313 de busca e apreensão. Com o desdobramento desta quarta-feira, o números de buscas passa para 316.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.