Para Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, a escolha de Ricardo Lewandowski para substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça é um “consenso” e seria benéfico para o governo Lula. Ele aponta que o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) tem as “credenciais necessárias” para assumir a pasta.
“Seria um luxo para o país contar com um quadro como o ministro Lewandowski à frente do Ministério da Justiça. Os desafios são grandes, sobretudo e em especial na área de segurança pública. Ele tem todas as credenciais necessárias para enfrentar cada um e todos esses problemas”, afirmou à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Ele diz que o Prerrogativas vai apoiar qualquer indicação feita por Lula, mas que “o melhor nome, o único que traria de fato consenso”, seria o de Lewandowski. Marco Aurélio ainda lembra do currículo do ex-ministro do Supremo e menciona o período em que atuou como presidente da República interinamente.
“Ele tem espírito público e sólida formação jurídica. Ocupou as principais funções do país. Ainda como ministro do STF, teve a oportunidade de ser presidente da República, de ser presidente do Senado, do STF, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Tem uma ampla experiência e está vocacionado para enfrentar, entre outras mazelas, as do nosso sistema penitenciário, de uma polícia que é racista. Ele tem o nosso apoio para isso”, prosseguiu.
O próprio advogado tem sido cotado para assumir a pasta, mas afirma que está “feliz na sociedade civil” e que não tem a “pretensão” de assumir o cargo. “Estou envaidecido, evidentemente, pelos apoios, que são generosos. Mas não tenho a pretensão de me colocar”, diz Marco Aurélio.
Lewandowski está atuando na iniciativa privada e afirmou a interlocutores que não quer assumir o Ministério da Justiça.
Nos bastidores, membros do PT avaliam que há uma movimentação para indicar a deputada e presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann (PR), para a pasta. Interlocutores do governo afirmam que o presidente quer indicar uma mulher para a pasta e precisa de alguma pessoa de confiança no posto.