Líder bolsonarista que participou de ato terrorista, Ana Priscila Azevedo é presa pela PF

Atualizado em 10 de janeiro de 2023 às 22:11
A bolsonarista Ana Priscila Azevedo, presa por participar de ataque terrorista em Brasília, tem reclamado do tratamento da PF. Foto: Reprodução

A bolsonarista Ana Priscila Azevedo foi presa pela Polícia Federal por participar de ataque terrorista na Praça dos Três Poderes em Brasília e tem reclamado do tratamento da corporação. Ela gravou um áudio a outros golpistas dizendo que as pessoas que estão indo para as triagens “não estão voltando” e que não há comunicação com outros presos. A informação é do portal Metrópoles.

“A gente não sabe, pois quem está indo para as triagens não está voltando e não nos dão respostas. Não sabemos se essas pessoas estão indo para casa ou indo para as cadeias”, afirma ela em áudio. Mais de 1.500 pessoas envolvidas no ataque foram conduzidas pela Polícia Militar do Distrito Federal.

Segundo a Polícia Federal, os bolsonaristas detidos estão sendo submetidos a procedimentos da Polícia Judiciária e os presos estão sendo apresentados à Polícia Civil do Distrito Federal. Até o momento, 527 pessoas foram presas, mas, por questões humanitárias, 599 foram liberadas, a maioria delas idosas, mães acompanhadas de crianças e com problemas de saúde ou em situação de rua.

De acordo com Ana Priscila, a PMDF está “cuidando” dos presos no local e os agentes da PF são mais “grosseiros”. “Nós estamos dentro da Escola Acadêmica da Polícia Federal, por causa do espaço, pois tem ginásio aqui, mas quem está cuidando da gente, observando, pois não pode fazer nada aqui, é a Polícia Militar”, afirma.

“Na PF, eu tentei falar com uma pessoa, mas eles são grossos, não sei. Eu nunca passei por isso. Não sei se grosso, mas taxativos. É aquilo e pronto. A PM tem sido paciente, eles têm colaborado”, prossegue.

A bolsonarista diz que vai carregar o trauma de ter sido presa “para o resto da vida”. “Foi a coisa mais horrível do mundo, a gente ter que passar no meio de uma grade, no cordão de polícia, para pegar uma marmita. É filme de campo de concentração, você não tem noção”, finaliza.

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