O coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, criticou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) por estabelecer um “paralelismo desonesto” ao equiparar os discursos proferidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de ser preso, em 2018, com o ato neste domingo (25) convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Carvalho apontou que essa comparação não se sustenta quando se analisa profundamente os eventos em questão.
Carvalho destacou que, ao contrário do que sugeriu Nogueira, Lula nunca desafiou diretamente uma ordem de prisão, mesmo em meio a críticas contundentes à Justiça, especialmente ao juiz Sergio Moro, que havia emitido a ordem de prisão. O advogado sublinhou que essas críticas eram fundamentadas na percepção de que Moro agia de maneira parcial e questionável, mas Lula sempre respeitou a institucionalidade.
O ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira, argumentou que Lula, em circunstâncias semelhantes, fez críticas à Justiça que o atual presidente não fará durante a manifestação na Avenida Paulista. Carvalho rebateu essa afirmação, ressaltando que Lula jamais atentou contra a democracia ou as instituições, ao passo que Bolsonaro, segundo ele, busca inflamar grupos de apoio e incitar conflitos.
Carvalho enfatizou a inocência de Lula em contraste com a postura de Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente sempre foi um defensor da democracia e da legalidade. Ele reforçou que Bolsonaro, ao retornar à cena política para fomentar grupos fascistas, representa uma ameaça à estabilidade democrática do país.
“E o que acentua ainda mais a diferença, Lula é e sempre foi inocente. Bolsonaro, por sua vez, retorna à cena do crime para incensar as hordas fascistas que ainda lhe dão algum tipo apoio. Que voltem da avenida Paulista de camburão”, disse.
O advogado ressaltou que, enquanto Lula buscou sempre respeitar as instituições democráticas, Bolsonaro tem adotado uma postura beligerante e polarizadora, alimentando tensões políticas e sociais no país. Carvalho concluiu sua análise reforçando a importância de se reconhecer as diferenças entre os discursos e posturas dos dois líderes políticos.
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