Lideranças do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmam que a permanência do ex-capitão na legenda pode se tornar “desconfortável” e que ele pode ser expulso do partido. Isso deverá ocorrer caso a representação da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) aponte a participação dele na incitação dos atos terrorista do último domingo (8), em Brasília.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Carlos Frederico Santos, o subprocurador-geral da República, pediu para que Bolsonaro fosse incluído no inquérito que apura a instigação e autoria intelectual dos atos golpistas no DF. A solicitação foi aceita pela Corte.
Vale destacar que a representação foi feita por um grupo de 80 procuradores. Eles entenderam que o ex-presidente pode ser considerado suspeito pois na última terça-feira (10), ele usou as redes sociais para novamente questionar a regularidade das eleições. Ele apagou o post em seguida.
Segundo parlamentares do “PL raiz”, o momento é delicado, uma vez que a maioria não compactua com atos de vandalismo e violência. Diante disso, eles destacaram que a depender de como seguiram os fatos, o PL pode tomar uma decisão a respeito da filiação de Bolsonaro .
O grupo ainda destaca que Valdemar Costa Neto, o presidente da sigla, apesar de ter gratidão ao ex-presidente, ele é PL antes de ser Bolsonaro. Valdemar também aponta que acredita já ter feito bastante por ele.