Líderes mundiais intensificaram nesta sexta-feira (1º) os pedidos para uma investigação independente e por um cessar-fogo imediato após as forças israelenses dispararem contra palestinos que esperavam por comida.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, ao menos 115 pessoas morreram e outras 760 ficaram feridas na última quinta-feira (29).
As Forças Armadas de Israel alegaram que realizaram apenas disparos pontuais em direção a um grupo de palestinos que os soldados consideravam como uma ameaça.
Estados Unidos, União Europeia (UE), França e a Organização das Nações Unidas (ONU) pediram uma investigação independente, enquanto a Alemanha reivindicou que Israel investigue “completamente como o pânico em massa e os disparos puderam acontecer”.
O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que seu governo buscará por um cessar-fogo imediato e que irá insistir por mais caminhões e rotas para envio de ajuda aos palestinos.
O líder norte-americano afirmou que há esforços para alcançar uma paralisação nos ataques para permitir a libertação de reféns e a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Biden também anunciou que os EUA participarão do lançamento aéreo de ajuda humanitária sobre a região.
“Vamos insistir para que Israel facilite a entrada de mais caminhões e mais rotas para levar a mais e mais pessoas a ajuda de que necessitam, sem desculpas”, disse.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, afirmou que “as pessoas em Gaza estão mais perto da morte do que da vida” e clamou por mais ajuda humanitária.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reforçou os pedidos por uma “investigação independente e a prestação de contas dos responsáveis”.
“Estou emocionado e enojado com a matança de civis inocentes em Gaza ontem enquanto esperavam desesperadamente por ajuda humanitária”, escreveu Michel no X (antigo Twitter).
Um pedido de apuração com “transparência” também foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que declarou estar “profundamente perturbada pelas imagens de Gaza”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, expressou “profunda indignação com as imagens vindas de Gaza, onde civis foram alvo de soldados israelenses”. Já o chanceler francês, Stéphane Séjourné, exigiu uma investigação independente e que Israel pare com os ataques.