Em meio a ataques, líderes poloneses, eslovenos e tchecos visitam Zelensky em Kiev

Atualizado em 15 de março de 2022 às 11:33
Prédio bombardeado em Kiev
Visita ocorre em meio a bombardeios na capital Kiev/ Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (15), os primeiros-ministros da Polônia, República Tcheca e Eslovênia se reuniram com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Kiev para demonstrar apoio ao país. Trata-se dos primeiros líderes que visitam a cidade desde a invasão da Rússia em 24 de fevereiro.

Os políticos cruzaram a fronteira da Ucrânia com a Polônia por volta das 8h (3h, no horário de Brasília) e seguiram à capital de trem, onde devem falar em nome da União Europeia para apresentar um pacote de ajuda ao país. A viagem ocorre no 20º dia de investidas do presidente russo, Vladimir Putin, contra a Ucrânia.

“Em tempos tão revolucionários para o mundo, é nosso dever estar onde a história é forjada”, escreveu. “Porque não se trata de nós, mas do futuro de nossos filhos que merecem viver em um mundo livre de tirania”, escreveu o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, no Facebook.

Já segundo o primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, “o objetivo da visita é confirmar o apoio inequívoco de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia”, disse em comunicado divulgado pelo governo polonês.

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A visita em meio à guerra em Kiev

A viagem ocorre enquanto Kiev é alvo de ataques: duas fortes explosões abalaram a cidade antes do amanhecer de hoje. Os serviços de emergência comunicaram que duas pessoas morreram quando um prédio residencial foi atingido. Ontem, outro ataque destruiu um edifício e deixou um morto.

Em meio aos bombardeios, a cidade anunciou um toque de recolher de 35 horas, da noite de hoje até quinta-feira, onde será proibido se locomover sem permissão especial, exceto para ir a abrigos antibombas. “A capital é o coração da Ucrânia e será defendida”, disse o prefeito Vitali Klitschko.

Nesta terça, sirenes de ataque aéreo soaram em diferentes regiões do país, incluindo nas cidades Odessa, Tchernihiv, Tcherkássi e Smila. A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, anunciou que o país espera abrir nove corredores humanitários para retirar civis, além de entregar suprimentos e ajuda à cidade portuária de Mariupol, no sul.

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