A jornalista Manoella Smith entrevistou a atriz Lilia Cabral, da TV Globo, na Coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. Lilia falou do Brasil, sobre atuação, a morte de atores na pandemia da Covid. E também falou sobre sofrimento nesse período tenebroso.
“Foi um tempo muito dolorido. Ainda é. E toda vez que eu piso no palco, eu me lembro. Teve tanta gente que morreu de Covid. Se não morreu, foi uma época muito difícil, especialmente para a classe artística”.
“Estar aqui é um agradecimento interno, pessoal”, disse a atriz emocionada na entrevista para a Folha de S.Paulo.
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Dificuldades na carreira de Lilia Cabral
A Folha lembra que, nascida no bairro da Lapa, Lilia é filha de pai italiano e mãe portuguesa. Ela se mudou para o Rio aos 26 anos, para tentar uma carreira como atriz.
Antes de se tornar uma das atrizes mais reconhecidas do Brasil, com papéis em mais de 40 novelas, além de filmes e peças de teatro, Lilia diz que passou por um período de 10 anos em que enfrentou muitas dificuldades”.
“Tive que conquistar na garra. Dei a sorte de trabalhar com autores que faziam meus papéis, que já era bons, ficarem ainda melhores. Isso me ajudou muito. Se eu não tivesse o olhar de muitos, como os de Gilberto Braga, Aguinaldo [Silva], Maneco [Manoel Carlos], eu não acho que teria crescido tanto”.
Contratada pela TV Globo, ela diz que a saída dos atores veteranos da emissora é um reflexo de uma indústria que mudou. “Eu acho que é prematuro fazer um julgamento porque a pandemia atrapalhou muito. Antigamente você só tinha a TV. Agora, tem outros caminhos, e é saudável”.