O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) rebateu neste domingo (10) as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que “não é verdade que o déficit faz a economia crescer”.
Durante a Conferência Eleitoral do PT em Brasília, Haddad divergiu da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, sobre a condução da política para as contas públicas. O político avaliou que déficit nas contas públicas não indica, necessariamente, que a economia irá crescer.
“As coisas não são automáticas. Nos oito anos de governo Lula, tivemos superávit primário de 2%. A economia cresceu 4%. Não existe essa correspondência, não é assim que funciona a economia”, disse Haddad.
No X (antigo Twitter), Lindbergh classificou a fala do ministro como “sofisma”. “De fato, déficits aparecem com mais frequência em momentos de desaceleração econômica. Agora, é inquestionável que estímulos fiscais em situações de baixo crescimento, como devemos enfrentar em 2024, têm sim um papel enorme no crescimento do PIB”, escreveu o deputado.
Lindbergh disse não ser o déficit “que gera crescimento”, mas que “são os investimentos possibilitados, os empregos contratados que geram”.
“Meta de déficit zero em 2024 pode levar a um contingenciamento de 53 bilhões em obras do PAC. Vamos cortar Minha Casa Minha Vida? Cortar investimentos públicos? Não é o déficit que gera crescimento. São os investimentos possibilitados, os empregos contratados que geram”, acrescentou.
“Não é verdade que déficit faz a economia crescer”. Sofisma. Esse não é o debate. De fato, déficits aparecem com mais frequência em momentos de desaceleração econômica. Agora é inquestionável que estímulos fiscais em situações de baixo crescimento como devemos enfrentar em 2024… pic.twitter.com/ss9oU6uzwL
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) December 10, 2023