A anistia aos golpistas presos pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 foi incluída nas negociações para as eleições aos comandos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e o tema teve aval do ex-presidente Jair Bolsonaro e de uma ala do PT. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para analisar a pauta.
Inicialmente, o texto que prevê a anistia dos golpistas seria analisado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. A proposta foi retirada do colegiado e teve sua tramitação adiada para que os responsáveis angariem apoio de partidos como o PL e o PT.
Segundo a Folha de S.Paulo, alguns parlamentares petistas afirmam que a medida permite a abertura de uma conversa com Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara, e afasta o risco da votação do projeto na CCJ agora.
Parte da cúpula do PT avalia que a comissão que vai analisar o projeto de anistia não deve ser bem-sucedida, enquanto outra parcela vê com desconfiança a iniciativa de Lira, apontando que o gesto seria um aceno claro a bolsonaristas.
O PL vai reunir suas bancadas no Congresso Nacional nesta quarta (30) e a tendência é que o partido apoie as candidaturas de Motta para a presidência da Câmara e de Davi Alcolumbre (União-AP) para chefiar o Senado.
Inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro tem defendido a anistia aos golpistas e a ele mesmo. Em visita ao Senado nesta terça (29), o ex-presidente negou ter condicionado o apoio às candidaturas de Motta e Alcolumbre ao avanço dos projetos no Congresso.
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