Com o silêncio de Jair Bolsonaro (PL) sobre ir à posse e, com isso, não passar a faixa ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1º de janeiro de 2023, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), demonstrou a petistas a disposição em fazer ele próprio a cerimônia que coroa o novo chefe do Executivo.
De acordo com parlamentares do PT, Lira tem comentado, em conversas reservadas, que não iria ligar se tivesse que passar a faixa caso fosse necessário. No entanto, outros aliados de Lula ainda consideram não existir qualquer decisão sobre quem deverá passar a faixa para o presidente eleito.
Segundo o colunista Igor Gardelha, do Metrópoles, na avaliação dos petistas, a transmissão da faixa tem um certo simbolismo, mas é apenas uma tradição simbólica.
Apesar dos embates durante a campanha eleitoral, Lula e Lira vêm mantendo uma relação cordial após o resultado das urnas. Os dois já tiveram ao menos dois encontros presenciais, ambos em Brasília (DF).
O PT, o partido do presidente eleito, fez uma sinalização ao presidente da Câmara, ao anunciar apoio à sua tentativa de reeleição, na disputa marcada para 1º de fevereiro do próximo ano.