A professora Lisete Arelaro, ex-candidata ao governo de São Paulo pelo PSOL em 2018, morreu aos 76 anos na noite deste sábado (12). Ela foi vítima de câncer no estômago. Ela fez história ao integrar a equipe do educador Paulo Freire na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo entre 1989 e 1992, na administração da ex-prefeita Luiza Erundina.
Fez isso com sua formação de pedagoga e doutora em educação. Lisete foi professora e diretora de escolas nos ensinos fundamental e médio, secretária de Educação em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, e diretora da Faculdade de Educação da USP. Na disputa pelo governo de SP, a professora ficou em oitavo lugar, com 507 mil votos (2,51%).
Ela participou das discussões para a fundação do PT, nos anos 1980, e foi filiada ao partido de 1981 a 2003. Saiu por causa da reforma previdenciária proposta no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Em 2013 ela foi para o PSOL.
Nas críticas que fez aos governos do PSDB no estado, durante a campanha Lisete apresentou promessas de gestão como tarifa zero aos domingos no transporte público estadual e reposição salarial aos professores. No lançamento da candidatura, disse que pretendia reativar salas de aula noturnas e que terminaria obras paradas no estado.
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O que dizem integrantes do PSOL sobre Lisete Arelaro?
Para o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, ela foi uma das maiores defensoras da educação pública no Brasil, figura de destaque nacional.
“Estou terrivelmente triste com a partida da querida amiga Lisete Arelaro. Deixa um valioso legado como educadora e como militante socialista. Vai fazer uma enorme falta na nossa dura luta em defesa da democracia e pela construção de mundo mais justo e solidário”, afirmou Erundina ao jornal Folha de S.Paulo.