A sabatina promovida por Pablo Marçal com o deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) gerou surpresa entre seus eleitores e dividiu opiniões nas redes, segundo levantamento feito pelo Instituto Locomotiva, que monitorou a repercussão da transmissão.
A postura moderada de Marçal e o interesse de Boulos em dialogar foram os principais motivos de surpresa do eleitorado do ex-coach. Para Ricardo Nunes (MDB), prefeito e candidato à reeleição, a ausência na transmissão não foi boa.
O comportamento do ex-coach foi considerado como “moderado constrangido” pelo Instituto Locomotiva, que apontou que ele tentou se esforçar para debater de maneira civilizada. Segundo o levantamento, ao menos um terço dos eleitores monitorados passaram a considerar votar em Boulos após a live.
No chat da transmissão de Marçal, diversos usuários do YouTube afirmaram que votaram em Marçal no primeiro turno e apertariam “50”, número de Boulos, nas urnas na segunda etapa.
Outra grande parcela dos eleitores de Marçal passou a descartar votar em Nunes, que foi visto como “fujão” por negar o convite do ex-rival. “Para esses eleitores, ficou feio o fato de Nunes não aceitar debater. É uma postura que pesa ainda mais para esse grupo, que no primeiro turno acompanhou e aprovou o perfil combativo de Marçal”, explica o fundador da entidade, Renato Meirelles.
O levantamento ainda mostra, segundo Meirelles, que os eleitores de Marçal “foram surpreendidos positivamente pela postura e pelos discursos de Boulos”. O comportamento mais calmo do ex-coach também espantou os seguidores, mas não foi visto como algo “negativo”.
“Marçal é um cara mais radical, mas trouxe uma moderação. Isso não foi visto exatamente como algo positivo, mas foi algo novo. Antes da transmissão, havia entre eles o questionamento de quem seria o vencedor, entre Boulos e Marçal. No fim, isso já não era mais uma questão. Ninguém achou que o debate não deveria ter sido feito”, completou.
A postura de Marçal foi um tema debatido durante a transmissão de hoje. Ele, que atacou, provocou e inventou mentiras sobre os adversários, principalmente contra Boulos, afirmou que isso era uma estratégia de campanha e não tem mais interesse em “tocar o terror”.
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