Com o gesto ela se redime da estupidez de chamar corintianos de ‘imundos’.
Luana Piovani foi, no espaço de poucos dias, baixa e elevada, tacanha e sábia, repulsiva e inspiradora.
O lado negativo apareceu quando ela chamou no Twitter de “imundos” os corintianos depois da eliminação na Libertadores.
Como anticorintiana, Luana poderia já estar suficientemente satisfeita com a derrota do Corinthians, ainda mais naquelas circunstâncias de arbitragem calamitosa.
Mas não.
Ela teve o impulso maldoso e absurdo de insultar os corintianos.
É presumível que, longe da arena pública do Twitter, ela tenha ouvido algumas duras verdades de corintianos.
De toda forma, antes que a semana acabasse, ele agiu como uma filósofa. Reconheceu sua dificuldade em lidar com palavras e controlar emoções e anunciou sua saída do Twitter.
Admitir fraquezas é coisa para poucos, e então Luana merece os tradicionais claps.
“Sempre respeitei meus limites. Não dirijo, não ando a cavalo e não cozinho. Não me pergunte por que, só sei que nunca insisti nessas coisas. Acho que não nasci pra elas e ponto. Descobri mais uma: o Twitter. No more Twitter for me. Deixo aqui meu beijo, meu queijo e minha saudadinha. Foi bom prosear com vocês todo esse tempo.”
De novo.
Reconhecer fraqueza é uma das atitudes mais nobres da humanidade. Luana não sabe se expressar com a palavra escrita, e o Twitter exige que você tenha o mínimo domínio do idioma.
Ela não tem, e não bastasse isso é impulsiva e inconsequente.
Nisso, escrever, sua beleza não a ajuda. Antes, a atrapalha, pois lhe trouxe a notoriedade que faz com que as pessoas prestem atenção no que ela escreve.
Luana não é uma filósofa, mas ao anunciar sua saída do Twitter se comportou de maneira exemplar.
Clap, clap, clap para ela.