O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que teve o nome relacionado a supostos financiamentos nos bloqueios antidemocráticos que ocorrem nas estradas do país nas últimas semanas, disse nesta sexta-feira (11) que tem “provas” de que não participou ou endossou as manifestações, segundo a Veja.
Na última quarta-feira (9), a Agência Pública publicou uma reportagem em que o nome do empresário é mencionado em relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre as interrupções nas rodovias. Segundo o documento, caminhões a serviço da Havan foram enviados para os bloqueios.
Nos protestos, manifestantes se organizaram próximos às unidades da rede de lojas, com direito a música, churrasco e bebidas. A empresa afirma que a mobilização em suas unidades ocorreu de “forma espontânea”.
No comunicado desta sexta-feira, Hang diz que a reportagem da Pública é “mentira” e usa como álibi uma gravação de câmeras de segurança em que manifestantes aparecem em frente a um caminhão a serviço da empresa e obrigam o motorista a cruzar o veículo em uma rodovia, no dia 31 de outubro, na cidade de Barra Velha, Santa Catarina.
“No mesmo instante, o motorista avisou a empresa por meio de mensagens e foi orientado a acionar a polícia. Inclusive, um boletim de ocorrência foi registrado junto às autoridades competentes”, informou a assessoria da Havan.
A empresa reafirma que Hang não participou dos protestos, alegando que as 174 lojas de departamento da rede funcionaram normalmente em todos os dias dos bloqueios. Reitera ainda que o empresário tem se dedicado exclusivamente para as atividades empresariais.
A reportagem da Pública, porém, aponta que em Palhoça, Santa Catarina, apoiadores de Bolsonaro começaram a se reunir em uma loja da rede após o resultado das urnas. Funcionários da unidade teriam fornecido, segundo o texto, “cadeiras e bancos de plástico para os manifestantes, além de liberar os banheiros, energia elétrica para o som e o espaço do estacionamento”.