O pré-candidato do PT ao Governo de São Paulo, Luiz Marinho, teve de cancelar a festa para receber Lula no domingo, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, mas não perdeu a esperança de reencontrá-lo fora da cadeia.
“Vi com preocupação a atitude de Sérgio Moro e do presidente do TRF-4, Thompson Flores. Ao agirem na ilegalidade, estimulam um ambiente de desobediência que pode ser perigoso para o país”, alertou.
Marinho confirmou que o partido vai apoiar a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), movimentos sociais e parlamentares a ingressarem com representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra os magistrados que definiram pela manutenção da prisão de Lula.
“Claramente eles confrontaram normas jurídicas e, importante destacar, nisso tiveram a conivência da Polícia Federal, que trabalhou dificultando a soltura do ex-presidente”.
Marinho falou das mobilizações que vão acontecer nos próximos dias: 13 de julho em Porto Alegre, 22 em São Paulo e 28 no Rio.
Em 10 de agosto, para protestar contra o desmonte das Leis Trabalhistas e a entrega do Pré-sal, entre outras reivindicações, as Centrais Sindicais vão organizar atos de paralisação em todo o país.
“Cinco dias depois, estaremos todos em Brasília na grande manifestação nacional pelo registro da candidatura de Lula à presidência”, disse.
Com relação à sua candidatura em São Paulo, o petista diz que está otimista.
“O quadro é favorável para uma candidatura como a nossa”, disse.
“O João Doria é um mentiroso, e isso está claro principalmente para o eleitor de São Paulo. Não tem compromisso com a verdade e temos a convicção de que a sua rejeição na capital vai se desdobrar pelos demais municípios. O próprio desgaste do Alckmin é reflexo disso”.
Paulo Skaf, segundo Marinho, representa o desmonte do Estado que está sendo orquestrado pelo “governo golpista de Michel Temer. E Márcio França patina, pois comanda um governo de transição, sem apresentar nada de novo”.
O pré-candidato do PT diz que vai focar seu discurso na valorização do serviço público e do funcionalismo e em programas nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento regional.
“Não é apenas aumentar salários, mas criar melhores condições de acesso aos bens públicos”, diz ele.
Marinho acredita que a crise institucional do país vai acabar influenciando a eleição no Estado.
“Está cada vez mais claro quem é a favor e quem é contra um projeto soberano de inclusão e participação. No momento do voto, o eleitor saberá fazer a escolha correta”.