Lula 3: índices de educação, saúde e economia avançam em primeiro ano de governo

Atualizado em 4 de março de 2024 às 6:45
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Reprodução)

No primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diversos indicadores relacionados à economia, saúde e educação mostraram progresso em comparação com períodos anteriores, conforme análise de 99 pontos-chave. Esse avanço contrasta com o cenário de 2019, durante o início da gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando a maioria dos indicadores teve resultados negativos.

A avaliação abrangeu dados de ministérios, órgãos como IBGE, Inpe e Banco Central, além de relatórios de entidades como Transparência Internacional e CNI, incluindo insights de especialistas.

A economia apresentou melhorias em vários aspectos, como o crescimento do PIB em 2,9% em 2023, impulsionado principalmente pela agropecuária. Também foram observados avanços na inflação e no câmbio, porém, houve piora em indicadores como aumento da dívida e déficits nas contas públicas e previdenciárias.

Vale ressaltar que o governo também implementou medidas para fortalecer o mercado interno, incluindo a retomada de programas sociais, como o Bolsa Família, e uma nova política para o salário mínimo, garantindo aumento real.

Bolsa Família. (Foto: Reprodução)

A professora da UnB Daniela Freddo afirmou que os dados de emprego dão a dimensão de melhora na economia, pois atingem diretamente a população.

“Creio que essa melhora acontece em parte por causa da retomada econômica natural pós-pandemia, mas também acredito que, de uma forma geral, com as reformas que aconteceram no ano passado, isso dá mais segurança para novas contratações e para aumentar o rendimento no mercado de trabalho”, disse.

Educação

Na área da educação, houve uma retomada na coordenação da política educacional, com investimentos e lançamento de programas, embora a revisão do ensino médio tenha enfrentado dificuldades de execução.

Saúde

Quanto à saúde, o Ministério tentou afastar-se da postura negacionista anterior, enfrentando desafios como a crise yanomami e recompondo programas como o Mais Médicos.

Houve melhorias em indicadores como número de profissionais de saúde e procedimentos realizados no SUS, mas problemas persistentes, como a situação da dengue, foram destacados.

Críticas e projetos de melhorias

Apesar dos avanços, críticos apontam lacunas, como a falta de um projeto educacional consistente e dificuldades na transferência de recursos aos estados e municípios.

O governo enfatizou esforços para melhorar as coberturas vacinais e enfrentar desafios na segurança viária, mas reconheceu a necessidade contínua de ações para abordar questões pendentes, como o desmatamento e a estabilidade das contas públicas.

A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que parte da piora das contas públicas se deve à herança do governo anterior, que deu calote nos precatórios e promoveu a desoneração para combustíveis e energia, com vistas às eleições presidenciais.

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