O presidente Lula enquadrou o PT e afirmou que não vai admitir racha na votação do arcabouço fiscal no Congresso Nacional. O aviso foi feito nesta segunda (15) durante reunião com ministros da coordenação de governo e líderes da Câmara e do Senado Federal. A informação é do Estadão.
O petista disse a ministros que, mesmo sem acordo para o projeto do jeito que o partido gostaria, não admitirá oposição de membros da sigla ao projeto. Após a reunião no Palácio do Planalto, Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, se reuniu com o relator do projeto, Cláudio Cajado (PP-BA), para acertar a estratégia de votação.
O governo montou uma força-tarefa para aprovar o projeto e Haddad ficou encarregado de enviar integrantes de sua equipe técnica para explicar a parlamentares os impactos da medida. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conversa com líderes de partidos da base aliada, como MDB e PDT, e com as siglas independentes, como União Brasil, PSD, Republicanos e Podemos.
Já o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, ficou encarregado de conduzir o debate com membros da própria sigla e de outros partidos de esquerda.
Para Lula, a medida mais importante do atual projeto é manter intacta a política de valorização do salário mínimo e do Bolsa Família. Ele aceitaria negociar termos como restrições a novas renúncias fiscais e a despesas com funcionalismo e concurso público, mas não admite ajuste das contas públicas no benefício social e no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).