Com apenas quatro meses para a realização do primeiro turno das eleições presidenciais, os principais pré-candidatos à Presidência da República tentam pôr em prática as mais diferentes estratégias para superar pontos de resistência e atrair o eleitorado, principalmente aquele que está indeciso.
O presidente Jair Bolsonaro tenta diminuir o desgaste entre as mulheres, a população de baixa renda e os jovens. Já Lula precisa lidar com notícias que relembrarão os escândalos de corrupção que ocorreram no seu governo.
Estrategistas do atual chefe do Executivo acreditam que ele precisa suavizar a imagem para quebrar a resistência entre o público feminino. A ideia é cada vez mais mostrar o presidente em momentos de leveza, com a família. Outra fragilidade está no público jovem, que tende a ter uma visão mais progressista e próxima do ex-presidente Lula.
Lula pretende colocar a economia em primeiro plano
O ex-presidente Lula (PT) irá colocar a economia como o tema prioritário da campanha, com a intenção de tirar o foco dos escândalos de corrupção durante os governos petistas, que serão explorados pelos adversários.
Outra preocupação do petista é entre o empresariado, que tem se mostrado mais próximo do líder da extrema-direita. Uma pesquisa Datafolha mostrou que 56% desse público apoia Bolsonaro, enquanto 23% apoia Lula. Parte da militância avalia que a ex-presidenta Dilma Rousseff não deverá aparecer em um eventual governo, o que, em tese, poderia gerar críticas mais duras da população.
Ciro e Tebet tentam sair de um dígito
Os demais candidatos ao Planalto têm como desafio popularizar as imagens para que se tornem pessoas conhecidas. Além disso, boa parte das candidaturas são vistas como frágeis e incapazes de romper o atual cenário político.
Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará, tenta diminuir o temperamento explosivo e a dificuldade em atrair outros partidos de esquerda. Já Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União Brasil – PE) têm como principal desafio se tornarem personagens conhecidos no Brasil e convencerem os aliados de que têm candidaturas sólidas.