Lula, Boulos, Campos Neto e as técnicas da política ensinadas por Maquiavel. Por Alberto C. Almeida

Atualizado em 21 de julho de 2023 às 12:11
Lula e Guilherme Boulos abraçados e sorrindo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deputado federal Guilherme Boulos. Foto: Reprodução
Por Alberto Carlos Almeida

Lula pratica com frequência uma das mais importantes lições de Maquiavel: “não revele sua verdadeira preferência”.

Habilmente ele fala uma coisa e faz outra. Diz que o presidente do BC joga contra seu governo, mas não pede formalmente sua destituição, não muda a meta de inflação, não decreta o fim da autonomia do BC, tudo ao alcance de Lula.

Diz que Boulos é seu candidato a prefeito da mais importante cidade do país, mas o deixa na Câmara como apenas um de 513 deputados.

Se Lula quisesse Boulos prefeito o teria feito antes ministro de estado, ministro das Cidades. Boulos teria uma mídia brutal por 15 meses.

Lula está cumprindo o acordo de apoiar Boulos, sem prejudicar demais o PT de SP. Se Boulos se tornar prefeito de SP o PT perde sua espinha dorsal política. Por isso, apoio sim, para ganhar, jamais.

Por isso não o fez ministro. Ele vai apoiar Boulos, vai para a TV pedir votos. Mas já não fez o mais importante: tornar Boulos ministro.

Lula também vai fazer vista grossa para o corpo mole do PT face a candidatura de Boulos, jamais enquadrará o PT de SP.

Lula é paciente, o que importa é que o PT não perca espaço em SP para o Psol, não disputa em 2024, mas disputará em 2028 com apoio de Boulos. Xeque-mate

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