Lula busca Scholz e Macron para a formação de uma frente contra a extrema-direita

Atualizado em 15 de junho de 2024 às 9:18
Presidente Lula (PT) e o presidente da França, Emmanuel Macron. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está promovendo consultas para avaliar a convocação de uma reunião internacional destinada a discutir medidas contra os extremismos políticos. Recentemente, durante a cúpula do G7 na Itália, ele discutiu essa proposta tanto com o presidente francês, Emmanuel Macron, quanto com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Antes mesmo da viagem, o petista já havia abordado a possibilidade desse encontro em conversas com o presidente do governo espanhol, Pedro Sanchez. A iniciativa marca uma primeira tentativa concreta de organizar um debate frente à crescente investida da extrema direita.

No entanto, o formato exato da conferência ainda não está definido. Uma alternativa seria esperar pela reunião da Assembleia Geral da ONU em setembro, aproveitando a presença global em Nova York para organizar o evento, conforme informações do colunista Jamil Chade, do UOL.

Anteriormente, o governo de Joe Biden tentou estabelecer uma “Cúpula para a Democracia”, mas a iniciativa foi vista como uma tentativa de formar uma aliança ocidental contra a China e acabou fracassando.

14.jun.2024 - Presidente Lula conversa com o presidente da França, Emmanuel Macron (e), e com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, durante evento do G7 na Itália
Lula conversa com Macron e com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, durante evento do G7 na Itália. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Diplomatas apontam que o caminho para essa iniciativa só poderá ser tomado após as eleições convocadas por Macron, que ocorrerão após sua derrota no Parlamento Europeu. Além disso, seria necessário aguardar uma redefinição das forças políticas na Europa, incluindo a eventual reeleição de Ursula von der Leyen na Comissão Europeia.

Durante sua conversa com Macron, Lula abordou também o avanço da extrema direita nas eleições europeias. O presidente francês explicou sua estratégia de dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas eleições, argumentando que o povo francês vota de maneira diferente para escolher seus representantes europeus e nacionais.

Vale destacar que Lula optou por não discutir a possível conferência com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, líder de um partido de extrema direita e anfitriã do G7. Em sua conversa com Meloni, o presidente brasileiro concentrou-se apenas em questões comerciais e de investimentos, evitando polêmicas e divergências.

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