Em discurso durante a cerimônia de posse, Lula defendeu o papel do Estado na economia e chamou o teto de gastos de “uma estupidez que haveremos de revogar”. O presidente também afirmou ser favorável à recomposição de verbas do Orçamento e falou sobre a retomada de obras paradas e uma nova legislação trabalhista.
Defendendo o Sistema Único de Saúde (SUS), ele afirmou que o sistema foi o mais prejudicado pelo teto de gastos. “O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada Teto de Gastos, que haveremos de revogar”, defendeu durante discurso no Congresso Nacional.
Novo chefe do Executivo, ele diz que pretende recompor o Orçamento da saúde para a assistência básica, a farmácia popular e “promover a medicina especializada”.
“Foi com realismo orçamentário, fiscal e monetário, buscando a estabilidade, controlando a inflação e respeitando contratos, que governamos este país. Não podemos fazer diferente. Temos, sim, a obrigação de fazer melhor do que fizemos”, prosseguiu.
Lula também sinalizou que faria uma mudança na legislação trabalhista. Ele e seu partido, o PT, já haviam afirmado que queriam uma reforma que contemplasse a nova economia, principalmente os trabalhadores de aplicativo.
“Vamos dialogar, de forma tripartite –governo, centrais sindicais e empresariais– sobre uma nova legislação trabalhista. Garantir a liberdade de empreender, ao lado da proteção social, é um grande desafio nos tempos de hoje”, disse o presidente.
Ele ainda afirmou que há mais de 14 mil obras paradas que serão retomadas na sua gestão. Lula também sinalizou que vai reestabelecer o Minha Casa Minha Vida e criar um novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) para geração de empregos. “A roda da economia vai voltar a girar e o consumo popular terá papel central neste processo”, avalia.
Leia aqui o discurso do novo chefe do Executivo na íntegra.