A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu 5 pontos percentuais entre quem recebe o Auxílio Brasil.
Ao invés de diminuir a diferença dos candidatos, aumentou de 23 para 30 pontos a vantagem de Lula sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) nesse grupo. O petista aparece com 57% dos votos entre os que recebem o Auxílio; o atual presidente oscilou dois pontos para baixo e agora tem 27%, como mostra o gráfico abaixo.
A expectativa do governo era que o benefício ajudasse a alavancar Bolsonaro nas pesquisas, mas apenas 24% dos entrevistados disseram que as chances em votar em Bolsonaro crescem com o aumento do Auxílio Brasil; 31% dos ouvidos dizem o mesmo sobre a redução do ICMS.
Segundo o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, há duas hipóteses possíveis para explicar a reversão do efeito do Auxílio. A primeira seria que a população não dá crédito a Bolsonaro porque não sabe que ele é o ‘pai’ da proposta. No entanto, não parece ser este o caso, já que aumentou o número de pessoas que dizem que ele é o responsável pelo benefício.
Também não se sustenta a ideia de que Bolsonaro não seja responsável pela redução do preço dos combustíveis, já que quase 45% dão esse crédito a ele.
A segunda hipótese é a de que Bolsonaro permaneceu estagnado porque os eleitores desconfiam que as medidas não tenham sido adotadas para ajudar as pessoas, mas para contribuir na eleição.
62% dos entrevistados dizem que as medidas do governo são para ajudar na reeleição do presidente e 33% acreditam que são medidas destinadas a ajudar as pessoas.