Luiz Inácio Lula da Silva informou ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que ele será demitido da empresa.
Prates despediu-se de seus diretores nesta tarde e anunciou à equipe que Magda Chambriard assumirá a presidência da Petrobras. Ela ocupou o cargo de diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff.
O CEO da Petrobras enfrentou uma intensa disputa interna nos últimos meses dentro do governo, envolvendo embates com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que buscavam ampliar sua influência sobre a estatal.
O desgaste, que persistiu ao longo do terceiro mandato de Lula, se agravou após Silveira admitir, em uma entrevista à Folha de S. Paulo, o conflito com Prates e afirmar que não cederia sua autoridade como ministro sobre a companhia.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, a situação piorou quando Prates declarou à colunista da Folha, Monica Bergamo, ter solicitado uma reunião “decisiva” para discutir sua situação na empresa. Esse movimento foi visto no Planalto como uma tentativa de pressionar Lula, o que desagradou ao presidente.
Em abril, Lula convidou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para assumir o comando da Petrobras. No entanto, o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pesaram a favor da permanência de Prates, conforme relatado em nosso blog.
A disputa se intensificou em meio ao impasse sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras. Prates defendia a proposta de distribuir 50% dos recursos remanescentes no caixa aos acionistas, enquanto o grupo de Alexandre Silveira advogava por reter todo o montante em um fundo de reserva para melhorar as condições de obtenção de empréstimos para investimentos.
Lula interveio na disputa e determinou que os seis conselheiros indicados pelo governo votassem contra o pagamento. Prates negou publicamente ter recebido uma ordem nesse sentido do presidente, mas foi contradito pelo próprio Lula no mesmo dia.
Após duas reuniões lideradas por Lula, o presidente aderiu à posição de Silveira, causando irritação em Jean Paul Prates.
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