O presidente Lula afirmou que falará com ministros do governo sobre o desembargador Jorge Luiz Borba, de Santa Catarina, suspeito de manter uma mulher em condições análogas à escravidão por pelo menos 20 anos. O caso foi revelado no ano passado e o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que a vítima voltasse para a casa do magistrado.
Sônia Maria de Jesus (50) é uma mulher surda que trabalhou na casa do magistrado e de sua mulher, Ana Cristina Gayotto de Borba, por 41 anos e foi resgatada em uma operação feita na casa do desembargador. O presidente falou sobre o caso durante discurso na 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
“Como é que pode haver decisão para que essa pessoa que está há 41 ano na casa voltasse para a mesma casa? Em nome do quê? Em defesa do quê? Não quero criminalizar e julgar, mas a casa que ela trabalhava era de desembargador”, afirmou o presidente.
A vítima foi destacada durante o evento e o presidente afirmou que pretende conversar com o governo para entender a decisão do Supremo.
“Quero dizer para você que me interessei pelo caso e vou consultar alguns ministros para saber o que de fato está acontecendo. Se a sociedade para de deixar de acreditar nas instituições, nós sabemos o que pode acontecer nesse país”, completou.
No ano passado, o desembargador e a mulher se manifestaram sobre o caso. Eles negaram maus-tratos, alegaram que ela é considerada integrante da família e disseram que vão reconhecê-la como filha afetiva, com direitos como herdeira.
Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link