Nesta segunda-feira (23) no Hotel Intercontinental, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) realizarão uma reunião com partidos da coligação. O objetivo é estabelecer uma estratégia para ampliar o palanque da campanha presidencial dos dois, que oficializaram a chapa no início de abril.
O encontro servirá para determinar o papel do Conselho Político da campanha eleitoral e as prioridades da corrida presidencial, além de discutir soluções para os palanques regionais.
De acordo com o jornalista Gerson Camarotti, presidentes de partidos disseram que pretendem “tirar de Lula o carimbo de um candidato do campo da esquerda e transformá-lo em um candidato de perfil de centro”.
Estarão presentes os líderes de PT e PSB, legendas que abrigam Lula e Alckmin, além de Solidariedade, PV, PC do B, Rede Sustentabilidade e PSOL.
Na reunião, o petista deve propor estratégias para fechar alianças e montar palanques em estados onde ainda há indefinições, como São Paulo, Pernambuco e Santa Catarina – além de tratar de problemas relacionados às alianças da chapa no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
Já Alckmin deve trazer planos para aproximação de setores do centro político e de segmentos da sociedade em que Lula encontra mais resistência, como ruralistas e cristãos conservadores. O sociólogo Marcos Coimbra, do Instituto Vox Populi, deve apresentar pesquisas para mostrar o desempenho da chapa.
Foi distribuído aos partidos um texto que diz o seguinte:
A síntese desse encontro deverá ser incorporada na primeira reunião que cada área da campanha realizar, já com a participação dos representantes dos partidos.
Para fechar o ciclo desse processo, o responsável de cada fará uma devolutiva à coordenação da coligação para que os presidentes dos partidos possam acompanhar o andamento do trabalho e ter domínio das informações.
Essa dinâmica não impede que algum assunto ou alguma área da campanha possa ser objeto de debate específico no âmbito da coordenação da coligação.