Lula e Boric devem falar sobre crise Venezuelana durante viagem do petista ao Chile

Os dirigentes dos países vizinhos tem manifestado opiniões contrárias ao tema nas últimas semanas

Atualizado em 4 de agosto de 2024 às 20:35
O presidente chileno Gabriel Boric e o presidente Lula. Imagem: Reprodução.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na tarde deste domingo (4) para uma visita oficial ao Chile. Ele deve ficar dois dias no país. Na agenda, estão previstos encontros com empresários e membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário chileno, além da assinatura de pelo menos 17 acordos e memorandos bilaterais.

No começo do ano, o encontro entre o presidente do Chile, Gabriel Boric, e Lula precisou ser adiado por conta das fortes chuvas no Rio Grande do Sul (RS). Com o adiamento, foi possível ampliar o número de acordos, que vão de setores desde direitos humanos até ciência e tecnologia.

De acordo com o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, entre os diversos assuntos que o petista e Boric irão abordar, a crise da Venezuela deve ser um deles. Ambos dirigentes tem posições distintas em relação às eleições venezuelanas. Enquanto Boric tem sido mais firme, dizendo que não irá reconhecer resultados que não sejam auditados por organismos internacionais, Lula tem cobrado a apresentação das atas das urnas eleitorais, mas já afirmou não ter visto nada de anormal no pleito venezuelano.

Além disso, a reunião entre Lula e Boric provavelmente também abordará sobre a necessidade do fim da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e as medidas pela preservação do meio ambiente, especialmente com a aproximação do G20, que terá uma cúpula em novembro no Rio de Janeiro. A Aliança Contra a Fome e a Pobreza é o principal foco do presidente brasileiro na cúpula, e, de acordo com fontes do Itamaraty, ele pretende pedir apoio do Chile ao programa.

Nesta segunda (5), o brasileiro será recebido com tradicional honraria de chefe de Estado no Palácio de La Moneda, sede do governo. Estará acompanhado de uma comitiva de cerca de dez ministros, dentre eles, Carlos Fávaro (Agricultura), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), como conta a Folha de S.Paulo.

Primeiro, haverá a conversa bilateral entre os chefes de Estado. Depois, uma reunião ampliada e a assinatura dos acordos. Nesse mesmo dia, Lula também visitará os presidentes do Senado, José García Ruminot, da Câmara, Karol Cariola Oliva, e da Corte Suprema, Ricardo Blanco Herrera, e terá audiências com o secretário-executivo da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, órgão vinculado às Nações Unidas), José Manuel Salazar-Xirinachs, e com o CEO da Latam, Roberto Alvo.

Na terça-feira (6) e último dia, Lula fará uma reunião com a prefeita de Santigo, Irací Hassler, filha de uma brasileira. E, para finalizar, uma agenda da inauguração de pedra fundamental do centro espacial chileno.

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