Publicado originalmente no site do PT
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff lamentaram a morte do jogador argentino Diego Armando Maradona, vítima de um ataque do coração nesta quarta-feira, 25 de novembro. Ele morreu aos 60 anos de idade, em sua residência, localizada em Tigre, em Buenos Aires, e a notícia surpreendeu aos dois ex-mandatários brasileiros. Eles manifestaram solidariedade ao povo argentino e à família de Maradona. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, comentou que: “Estou desolado. É um dia muito triste para todos os argentinos”. Ele decretou luto oficial. “Nunca poderemos pagar a ele tanta alegria”.
Durante o período de perseguição política ao PT, Lula e Dilma, o jogador argentino em diversas ocasiões saiu em defesa dos líderes brasileiros. Ele chegou a postar nas redes sociais que era um “soldado” de Dilma e Lula, com quem esteve em várias ocasiões nos últimos 10 anos. O jogador trazia no corpo uma tatuagem de outro argentino revolucionário – Ernesto ‘Che’ Guevara – e também do comandante cubano Fidel Castro, falecido há exatamente quatro anos, nesta mesma data.
Na mensagem divulgada por Lula, o traço de generosidade e do compromisso social foi ressaltado. “A sua genialidade e paixão no campo, a sua intensidade na vida e seu compromisso com a soberania latino-americana marcaram nossa época”, disse Lula. “No campo, Maradona foi um dos maiores adversários, talvez o maior, que a seleção brasileira já enfrentou”, comentou. “Fora da rivalidade esportiva, foi um grande amigo do Brasil, e só posso agradecer toda a sua solidariedade com as causas populares e com o povo brasileiro. Maradona jamais será esquecido”.
Dilma divulgou nota emotiva, dizendo que era com imensa tristeza e dor no coração que recebia a notícia da morte do astro argentino. “Um amigo querido do Brasil e de todos nós que lutamos por um mundo mais solidário e menos desigual”, ressaltou a ex-presidenta. “Maradona foi um incansável defensor dos pobres, da luta contra a desigualdade na Argentina, no Brasil e em toda a América Latina”.
Ela lembrou que esteve, junto com Lula e Diego Maradona, no velório de Fidel Castro, em 4 de dezembro de 2016. “Ele foi de uma gentileza e de um acolhimento amoroso inesquecível”, comentou Dilma, que ainda lembrou outra passagem amorosa de sua relação com Maradona. “Um ano antes, na aceitação do pedido de impeachment pelo Congresso Nacional, em dezembro de 2015, [Maradona] fez um gesto que não esqueço”, destacou. “Disse que seu coração estava comigo”.
“Eu, agora, triste e abalada pela sua partida, retribuo o carinho e o afeto para dizer que nossos corações estão juntos, Maradona. Meu coração está contigo e meus pensamentos estão com você”, destacou Dilma. O desfecho da nota também foi emotivo: “Meus sentimentos à família e ao povo argentino, neste momento tão duro para todos nós que sempre admiramos a graça deste gênio do futebol, que sempre demonstrou grande generosidade na vida, no esporte e na política”.