Lula é nome de consenso no PT para 2026, diz Haddad: “Será presidente uma quarta vez”

Atualizado em 2 de janeiro de 2024 às 10:44
O ministro da Economia, Fernando Haddad. (Foto: Reprodução)

Fernando Haddad comentou sobre sua possível sucessão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante do sucesso de sua gestão como ministro da Economia. Haddad, durante entrevista ao Globo, negou que almeje o posto e disse que disputou a Presidência em 2018 por uma questão atípica.

O senhor teve atuação decisiva para o governo este ano com a aprovação da agenda econômica no Congresso. Muita gente diz que isso o coloca como possível sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como avalia essa ideia?

Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute.

Mas em algum momento o presidente precisará de um sucessor.

O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta.

Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after.

Eu não participo das reuniões internas sobre isso. Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso.

Porque a natureza da liderança do Lula é diferente da de outros fenômenos eleitorais. O bolsonarismo tem uma dinâmica muito diferente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad. (Foto: Reprodução)

O senhor pensa na possibilidade de um dia ser sucessor do presidente Lula?

Eu não penso. E só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: “Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois”. Dentro da cadeia. Eu disse: “Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar”. E acabou acontecendo.

Mas era um momento particular. Eu próprio me engajei na sensibilização do Ciro Gomes e do Jaques Wagner para que eles fossem vice. Porque entendia que eram figuras mais consensuais. Sobretudo o Jaques Wagner dentro do PT.

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