Lula embarca hoje para a Rússia onde participará de reunião do agora ampliado BRICS

Atualizado em 20 de outubro de 2024 às 7:49
Ao lado de Rosângela, Lula desembarca de avião presidencial. Foto: Ricardo Stuckert

Neste domingo (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcará para Kazan, na Rússia, onde participará da primeira cúpula de líderes do Brics após a recente ampliação do bloco. O Brics, anteriormente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora inclui também Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. A cúpula, que ocorrerá entre terça-feira (22) e quinta-feira (24), será conduzida pelo presidente russo Vladimir Putin.

Putin, no entanto, não participou da cúpula anterior, realizada na África do Sul em 2023, por conta de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra relacionados à invasão da Ucrânia.

O TPI responsabiliza o líder russo pelas ações militares na Ucrânia, mas ele mantém sua postura de não reconhecer a legitimidade do tribunal. “Não reconhecemos o Tribunal Penal Internacional, e tais vereditos são fáceis de ignorar”, disse Putin em resposta às solicitações de prisão.

Apesar das tensões em torno de seu mandato de prisão, o presidente russo afirmou que suas relações com o Brasil permanecem “boas”. Ele também confirmou que não comparecerá à cúpula do G20, que acontecerá no Brasil em novembro, explicando que sua presença “prejudicaria o trabalho do G20”. Em vez disso, a Rússia enviará outro representante.

Lula e Putin no segundo mandato do petista. Foto: reprodução

Mesmo que a guerra entre Rússia e Ucrânia não esteja oficialmente na pauta da cúpula do Brics, o tema pode surgir durante as conversas entre os líderes. O embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, afirmou que a guerra poderá ser abordada se houver interesse entre os líderes presentes.

Recentemente, Putin elogiou uma proposta conjunta apresentada por Brasil e China para tentar encerrar o conflito, destacando que ela seria “equilibrada”. O plano, no entanto, foi rejeitado pela Ucrânia, já que não exige a retirada das tropas russas de seu território.

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