Lula envia carta a Maduro e confirma restauração de laços com a Venezuela

Atualizado em 14 de dezembro de 2022 às 16:13
Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolás Maduro
Foto: Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta, nesta quarta-feira (14), para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmando a retomada das relações com seu governo a partir de 1º de janeiro de 2023, segundo o jornal O Globo.

Com a decisão de Lula, o Brasil deixará de reconhecer o governo interino de Juan Guaidó como legítimo, derrubando uma das primeiras medidas adotadas por Jair Bolsonaro (PL) em política externa após assumir a Presidência.

Em entrevista a jornalistas, o futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que recebeu a orientação de Lula para restabelecer relações com a Venezuela.

Segundo Vieira, após a posse do governo eleito, o Brasil enviará um encarregado de negócios a Caracas e, posteriormente, com aprovação do Senado, um embaixador.

“Posteriormente, vamos indicar um embaixador junto ao governo venezuelano”, afirmou Vieira, deixando claro que não se referia ao opositor Juan Guaidó. “[Abriremos] embaixada junto ao governo que está, o governo que foi eleito, que está lá, o governo do presidente Maduro.”

Na carta, o presidente eleito diz a Maduro que sabe das limitações que existem para que o chefe de Estado venezuelano venha à posse e confirma sua decisão de derrubar uma portaria interministerial do governo Bolsonaro quando assumir o governo.

Trata-se da Portaria Interministerial Número 7, de 19 de agosto de 2019, que informa sobre a existência de uma lista de venezuelanos que foram proibidos de entrar ao Brasil, entre eles Maduro.

O governo eleito pediu ao Palácio do Planalto que a portaria fosse anulada, mas a reposta foi um não. Com a portaria vigente, não existe alternativa possível para viabilizar a presença de Maduro na posse, como queria Lula.

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