O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nomear Paulo Gonet Branco como procurador-geral da República. Informações obtidas pelo UOL com ministros do governo e do STF (Supremo Tribunal Federal) indicam que a decisão foi tomada aproximadamente há dez dias. A oficialização da escolha está prevista para a próxima semana, a menos que ocorra um “imprevisto gigantesco”, conforme mencionado por uma fonte.
Inicialmente, Lula considerou a possibilidade de uma nomeação conjunta para a PGR (Procuradoria-Geral da República) e para a cadeira vaga no STF desde o início de outubro, devido à aposentadoria de Rosa Weber. No entanto, o presidente optou por resolver primeiro a questão na PGR para, em seguida, abordar a nomeação do novo ministro do Supremo.
A definição sobre a escolha para o STF ainda não está estabelecida, podendo ocorrer ainda este ano ou no início de 2024. O governo pretende garantir que, ao indicar o ministro ainda em 2023, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado conduza a sabatina do candidato antes do recesso de dezembro.
Quanto aos principais candidatos para o STF, destacam-se o ministro da Justiça, Flavio Dino, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Recentemente, Messias tem ganhado mais destaque como possível ocupante do cargo.
Na PGR, Gonet conta com o apoio dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. O procurador conquistou a confiança do presidente da República devido à sua atuação enfática no TSE, onde defendeu a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula teve dúvidas entre três candidatos: Gonet, Antonio Carlos Bigonha e Aurélio Rios. Após conversar com os três, optou por Gonet. Bigonha possui ligações com setores do PT, enquanto Aurélio Rios estava em posição mais discreta na disputa.
Após as indicações, os escolhidos para a PGR e o STF precisarão passar pela sabatina da CCJ e ter seus nomes submetidos à votação no plenário do Senado. Somente após essa etapa poderão assumir os cargos.