Na manhã desta terça-feira (7), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou três dos sete membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. A maioria dos servidores exonerados por Lula nas últimas semanas estavam em cargos comissionados no antigo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os membros dispensados do Planalto: Célio Faria Júnior, ex-ministro da Secretaria de Governo; João Henrique Nascimento de Freitas, ex-assessor especial da Presidência; Fábio Prieto de Souza, desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e atual secretário de Justiça de São Paulo.
Os recém nomeados: Bruno Espiñeira Lemos, advogado que compôs o grupo de Transparência, Integridade e Controle na transição; Kenarik Boujikian, desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP); Manoel Caetano Ferreira Filho, jurista e procurador aposentado do estado do Paraná.
Todos os sete membros da entidade haviam sido nomeados por Bolsonaro. Entre eles, dois só conseguiram os cargos por indicações em novembro de 2022, quando o ex-presidente estava planejando sua fuga para os Estados Unidos.
As exonerações foram intensificadas no meio militar após as invasões terroristas em Brasília (DF), que vandalizaram as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Já foram dispensados 155 militares do governo.
Ainda continuam na comissão de Ética, responsável por analisar a conduta de servidores públicos federais, quatro bolsonaristas: Edson Leonardo Dalescio Tales Sá, atual presidente do colegiado; Antônio Carlos Vasconcellos Nóbrega; Francisco Bruno Neto; Edvaldo Nilo de Almeida.
Segundo o g1, os integrantes do colegiado não são remunerados e devem atender aos requisitos de “idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública”.